Beco do Bandeira
O espetáculo é o experimento nº 2 da trilogia do Fantástico, iniciado com a instalação cênica "Relicário". Nele, prosseguimos com a investigação dos quadros performáticos, e nossa fonte de inspiração desta vez foi o universo das poesias de Manuel Bandeira.
Ao longo de 6 meses realizamos na Casa Gira Mundo (próximo à rua Moraes e Vale, na Lapa, onde Manuel Bandeira residiu no período de 1933 a 1942) experiências de jogo entre corpo, objetos, espaços e a palavra, além de aprimorar coletivamente o âmbito cenotécnico do grupo, de forma que, para este espetáculo criamos diversas estruturas que nos dessem mobilidade espacial para construir e desconstruir a relação de olhar e participação do público dentro da experiência cênica. Com isso, produzimos escadas com rodas, banquinhos móveis, caixas com roldanas para o teto, acoplamento de skates, fixação de barras de ferro no espaço para performances pelas paredes e teto e outros.
Em nosso “Beco”, assim como para Manuel “a poesia é feita de pequeninos nadas”. São performances poéticas no espaço da casa, onde a todo momento, estamos investigando o desmonte da mecânica cênica (luz, som, cenografia, contrarregragem e performer) diante do público que é envolvido nesse jogo de reconfigurações, cortes, montagens e mergulho na visualidade insólita extraída de fragmentos de poesias de Bandeira.